Definição
de verbas
Uma
das perguntas mais difíceis de ser respondidas quando se faz um planejamento
publicitário é: quanto dinheiro preciso investir na minha
propaganda?
É
uma pergunta difícil de responder, porque não tem uma resposta simples e,
talvez, nem única. Definir com exatidão a verba necessária para uma campanha
publicitária é um desafio para os melhores profissionais de marketing e
comunicação. Se sairmos por aí perguntando como é que os principais anunciantes
definem suas verbas, vamos nos deparar com quatro ou cinco respostas mais
freqüentes, além de incontáveis soluções originais.
1º O
primeiro modelo comumente encontrado para a definição da verba de propaganda é o
saldo de caixa ou do dinheiro disponível. Alguns anunciantes optam por investir
em propaganda um dinheiro que reservaram para esse fim, independentemente de
quanto isso representa em relação ao faturamento da empresa ou qual o seu
objetivo. É como se esse montante fosse um dinheiro que pode ser apostado. Se
não der certo, tudo bem. Esse formato é habitualmente utilizado por pequenos
comerciantes.
2º Um
segundo grupo prefere fixar um percentual de sua receita mensal, ou de suas
vendas, para investimento em propaganda. Essa verba já está prevista como
investimento no orçamento anual e isso garante que estará disponível durante
todo o ano. Boa parte das multinacionais adota esse
formato.
3º Um
terceiro grupo define um percentual de seus investimentos como verba de
propaganda. Esse é um modelo menos comum e mais antigo, que foi gradativamente
substituído pelo anterior, mas ainda é utilizado por algumas pequenas indústrias
nacionais e alguns setores governamentais. Uma quarta possibilidade é definir
quanto se vai investir em função daquilo que se quer fazer. O anunciante desenha
o plano de mídia que julga adequado e desembolsa a quantia necessária para
colocá-lo em prática. É a alternativa normalmente utilizada por aqueles que já
têm uma idéia preconcebida da comunicação que desejam, como patrocinar o jornal
da hora do almoço ou a novela da noite.
Essa
relação não é facilmente determinável e costuma exigir análises históricas e
pesquisas complementares. E é importante lembrar que, quando falamos de
objetivos de marketing, estamos nos referindo também a resultados financeiros,
inclusive de médio e longo prazo. Ou seja, nessa alternativa, estamos
considerando o investimento em propaganda e sua contribuição para o resultado da
empresa.
Qual
desses caminhos é o melhor?
As
opiniões não são unânimes. As três primeiras possibilidades (saldo de caixa,
percentual da despesa ou da receita) têm a vantagem de respeitar o orçamento da
empresa, mas possuem pouca ligação com os objetivos de marketing. Pode-se estar
falando de mais ou menos dinheiro. Definir o custo por ação de marketing, ao
contrário, se pauta por objetivos específicos, o que é positivo, mas não garante
bons resultados para a empresa, na medida em que não se analisa todo o contexto
mercadológico. E nem há garantia maior de retorno sobre o
investimento.
Em
tese, a solução melhor seria definir a verba de comunicação em virtude dos
objetivos de marketing e comunicação, considerando que esses objetivos já levam
em conta a rentabilidade do negócio e, portanto, que o investimento assim
definido respeitaria a capacidade orçamentária da empresa. E maximizaria os
resultados.
Mas
nem sempre isso é possível. Cada negócio, produto ou situação é diferente, e
mesmo os grandes anunciantes internacionais têm dificuldade para definir qual o
volume de comunicação. O que deve ser feito para que esses anunciantes alcancem
seus objetivos? E para conciliar isso com seus orçamentos internos? E se esse é
um assunto onde os maiores especialistas têm suas dúvidas, o que podemos fazer a
respeito? Podemos utilizar nosso bom senso e sugerir que o anunciante tire as
suas próprias conclusões.
Podemos
orientar nossos anunciantes na escolha de programas e na forma de distribuir a
veiculação. A experiência de nossa equipe comercial com diversos clientes
permite que recomendemos, inclusive, a intensidade da veiculação. Devemos
orientar nosso cliente a analisar nossa sugestão (ou a sua própria) à luz de seu
orçamento, procurando definir que tipo de retorno deverá ter para compensar o
investimento (retorno de vendas ou de imagem).
E
sempre é bom lembrar que fazer propaganda não é uma despesa, mas um
investimento. Propaganda agrega valor ao produto. Na verdade, faz parte dele, em
seu conceito mais ampliado.
A
decisão de compra passa por um processo de avaliação do produto. O consumidor
está disposto a procurar e a pagar mais por algo que ele conheça e que acredite
atender às suas necessidades e desejos. O anunciante deve prever o investimento
em propaganda ao compor o custo de seus produtos, já que ela faz parte dele, uma
vez que também é levada em consideração na hora da escolha pelo
consumidor.
Definir a verba que será destinada à propaganda faz parte do processo de planejamento e exige esforço e experiência do anunciante.
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